os dias não são o bastante pra quem:
quer se entregar
quer se entregar, e enfim
o tempo foi quem deixou-se acreditar.
foi
o tempo
deixou-se acreditar, e enfim
vem se entregar,
vem se entregar.
porre docê
uma dose de verossimilhança
duas de insolubilidade, nessa mesa de bar que é o chá das três
sopraram os ventos. levaram angústia. trouxeram reencarnação.
aqui jaz a tormenta. o silêncio conforta. são tempos de paz.
me visita. abre minha porta. me flagra nessa embriaguez
duas de insolubilidade, nessa mesa de bar que é o chá das três
sopraram os ventos. levaram angústia. trouxeram reencarnação.
aqui jaz a tormenta. o silêncio conforta. são tempos de paz.
me visita. abre minha porta. me flagra nessa embriaguez
e vem beber em mim.
escarlatina
desabo em forma de cobertor na pele branca
desarmo travas, medos de monstros do passado
deságuo afetos solúveis no suor/ somos escarlatina
as marcas {de quem não sabe morder}
designam, significam
são ilustrações em você
a superfície branca/ riscada em vermelho/ faz-se em cor/ fez-se amor
do chão, com o tato, procuro o teto/ e toco o céu
luzes de constelações cadentes/ complacentes
as marcas {de quem conversava com estrelas}
designam, significam
são ilustrações de nós dois.
desarmo travas, medos de monstros do passado
deságuo afetos solúveis no suor/ somos escarlatina
as marcas {de quem não sabe morder}
designam, significam
são ilustrações em você
a superfície branca/ riscada em vermelho/ faz-se em cor/ fez-se amor
do chão, com o tato, procuro o teto/ e toco o céu
luzes de constelações cadentes/ complacentes
as marcas {de quem conversava com estrelas}
designam, significam
são ilustrações de nós dois.
retorno ao âmago
falidos os deuses
abnegada a razão
renunciado o outro novo;
fragilidade, essência
é
o homem, um próximo deus
a pureza, nossa última virtude
e a poesia, [ainda preenchível]
.
abnegada a razão
renunciado o outro novo;
fragilidade, essência
é
o homem, um próximo deus
a pureza, nossa última virtude
e a poesia, [ainda preenchível]
.
/na flor do dicionário
já assistiu o céu por uma janela de avião
e rompeu estados
irrompeu Estados
sentiu o perfume de Minas
e provou as horas da noite gelada
povoou a madrugada.
há saudade/
{no verde musgo
entre o amarelo desbotado,
e o castanho cintilante
através do negro renegado}
e rompeu estados
irrompeu Estados
sentiu o perfume de Minas
e provou as horas da noite gelada
povoou a madrugada.
há saudade/
{no verde musgo
entre o amarelo desbotado,
e o castanho cintilante
através do negro renegado}
/na flor daqueles olhos.
Poesia, nunca mais /segunda leitura
eu discordo,
teus versos já foram escritos
mas jamais postos em papel.
e como são levianas as versões impressas.
tolas. insuficientes.
sem lápis, poemas particulares.
compartilhadamente particulares.
alguns, ditos. a maioria, silenciados.
nem por isso menos interpretáveis.
poesia, nunca mais.
um dia a casa cai (para nosso bem).
poesia é o toque. é a troca.
em sonetos de olhares teus.
é a construção da pureza.
vamos escrever juntos,
ler os rascunhos
e guardar o resultado pra gente.
teus versos já foram escritos
mas jamais postos em papel.
e como são levianas as versões impressas.
tolas. insuficientes.
sem lápis, poemas particulares.
compartilhadamente particulares.
alguns, ditos. a maioria, silenciados.
nem por isso menos interpretáveis.
poesia, nunca mais.
um dia a casa cai (para nosso bem).
poesia é o toque. é a troca.
em sonetos de olhares teus.
é a construção da pureza.
vamos escrever juntos,
ler os rascunhos
e guardar o resultado pra gente.
Assinar:
Postagens (Atom)