é
tua boca sangrando a minha
naquele batom vermelho.
é tua prova, tua prosa,
tua ideia tomando nota/
em mim.
dizendo que vim. dizendo que sim.
é abraço de novo mundo/
de novo tudo. de todo modo.
é encontro sem cronometrar tempo
nos lençóis construir templo/
perder manhãs em horas desregradas.
é troca de roupas,
veste de nova família/
em camisas | ao avesso.
e essa inundação/ além do que vai dar,
eu não preciso estancar.
Central do Brasil
vergalhões de aço nasceram de substantivos primitivos.
a pino, a Central do Brasil. faminta.
a pino, a Central do Brasil. faminta.
suor e sangue secaram debruçados em dissertações singulares.
a carcaça caminha cansada na calçada
o asfalto transpira meio dia.
bicho homem evolui mais uma vez.
setecentos mil pêndulos diários. imortais o ano todo.
seres e coisas, cimentos e abstratos. corujas na alvorada.
estados, processos, acertos e erros. morcegos no vão.
substância e existência
ferro fundido
ferro fundido
designa ser (designa o ser)
substantivado. como os galhos de uma árvore
que amigo
Olha como é nossa maturidade, sádica. Durante toda a infância vivi sem um amigo imaginário sequer. Nunca precisei de um. Hoje, aos 22, tenho vários. São vocês, leitores do blog. Que entram aqui diariamente, comentam e debatem os textos numa mesa de bar. Então eu queria dar-lhes um sincero "muito obrigado". E o faço de coração, gente. Se vocês fossem reais isso aqui não existiria da forma que é.
nota de rodapé
das palavras minhas que brotam de ti
todas são chamadas nossas.
então nunca fale meu poeta
quando a poesia for você.
todas são chamadas nossas.
então nunca fale meu poeta
quando a poesia for você.
peixinho
em luzes apagadas, te aponto estrelas pintadas em céu,
mas se é pra clarear, nos amamos também em dia de sol.
Assinar:
Postagens (Atom)